terça-feira, 11 de agosto de 2009

Army of Two Review Exclusivo para Xbox 360!!!


Um dos grandes trunfos desta nova geração de consoles conectados à rede é a capacidade de integrar jogadores. Foi algo que propiciou uma melhor exploração dos tradicionais confrontos mano a mano, e também foi fundamental para dar nova cara às partidas cooperativas, antes restritas a pouco confortável tela dividida. Infelizmente, apesar dos recursos tecnológicos estarem disponíveis, a quantidade de jogos que faz um bom uso deste modo de jogo ainda é relativamente pequena, o que torna Army of Two um lançamento muito bem-vindo por este ângulo.

Soldados da fortuna

O roteiro de jogo apresenta os dois heróis do título, Tyson Rios e Elliot Salem, como soldados da divisão dos Rangers do exército americano, em uma missão na Somália, em 1993. Eles são designados para dar cobertura ao mercenário Phillip Clyde, da empresa SSC, em sua tarefa de assassinar um militar local. Com o êxito da empreitada, o Comandante Dalton, superior da dupla, é convidado a se juntar à companhia e resolve levar os dois como seus homens de confiança.

A trama então pula para a década atual, com o tal "exército de dois homens" executando as mais arriscadas missões ao redor do globo sob ordens da SSC. É o tipo de cenário básico para qualquer jogo de tiro genérico, mas Army of Two surpreende, colocando Rios e Salem em uma grande e envolvente conspiração: enquanto a SSC se torna a maior empresa privada de serviços militares do mundo, cresce a discussão sobre uma privatização total do exército americano no governo - e os dois descobrem que pode haver um traidor na organização ligado ao grupo terrorista Al Qaeda, o que desestabilizaria todo o cenário político dos EUA.

É uma trama bem amarrada e que conta com dois protagonistas carismáticos e uma boa dose de reviravoltas, mas é curta demais. É típico caso da história que começa a empolgar para logo em seguida terminar.

Um é bom, dois é melhor

Além da boa narrativa, Army of Two funciona de uma maneira competente, ainda que sem muitas surpresas no aspecto técnico ou mecânico, sempre focado no trabalho colaborativo dos dois heróis. Ao jogar sozinho, você pode escolher qualquer um, mas eles funcionam da mesma maneira e pedem as mesmas táticas para se apresentarem como soldados eficientes.

O centro da mecânica do jogo é um conceito bem conhecido dos jogadores de RPGs persistentes como World of Warcraft: o Aggro. É bem simples: os inimigos se focarão no jogador que tiver a capacidade de causar maiores danos - ou pelo menos aquele que tiver uma postura mais agressiva em relação a eles. Portanto, a dinâmica dos combates consiste em posicionar um dos heróis de forma que ele ataque os inimigos e chame a atenção, subindo sua barra de Aggro até ficar vermelho, deixando o companheiro virtualmente invisível, o que permite que este aborde os inimigos pelas laterais de maneira furtiva e inesperada. Com um tempo determinado no Aggro, o personagem consegue poderes provisórios que aumentam seu poder de fogo.

Claro que é o tipo de situação que funciona melhor com dois jogadores de carne e osso, mas fique tranquilo: a inteligência artificial é razoável e seu companheiro será muito útil nas batalhas, obedecendo às ordens da maneira esperada na maioria das vezes. Contudo, é a velha história: é sempre um robô fazendo o trabalho de um humano, sem espaço para improvisos ou táticas mais espertas, com algumas atitudes suicidas de vez em quando.

De qualquer forma, os comandos de gerenciamento são fáceis de usar, contendo o básico, como reagrupar ou manter na posição, com um sistema de cores relacionado à agressividade e ao tipo de inimigo, indicados por cores: azuis para normais, vermelhos para mais poderosos e dourados para aqueles com blindagem frontal (como as armaduras dos heróis), que necessitam de maior estratégia para serem derrotados.

A interação entre os dois também é necessária para outros propósitos. Um deve ajudar o outro a escalar muros ou mesmo a prestar socorro em caso da queda durante os combates, além de um modo chamado Back to Back que, como no Bullet Time, coloca os dois protagonistas em uma pose estilosa em câmera lenta, para desespero de seus inimigos. Há ainda outras coisas a fazer, como comprimentar ou dar broncas em seu parceiro, e um comando de troca de armas durante os tiroteios, o que pode ser interessante uma vez que há uma grande variedade de itens e algumas opções de customização.

Produção de respeito

Como um jogo da EA, é de se esperar uma grande produção e Army of Two não decepciona. Os gráficos são imponentes, com grande riqueza de detalhes e efeitos especiais. As armaduras dos heróis são repletas de ranhuras, os tiros estraçalham paredes (detalhe semelhante ao Black, não?), os músculos dos personagens são flexionados, explosões criam ondas de choque. Tudo é extremamente bem cuidado, assim como o áudio, que gera um grande impacto na apresentação, com muitos tiros e muita gritaria durante os combates, simulando com emoção um cenário de caos e violência. A versão para Playstation 3 ainda conta com um diferencial interessante, que é o uso do sensor de movimento do controle para comandar o pára-quedas e o recarga das armas.

Como dito anteriormente, o grande barato é o modo cooperativo, que oferece várias opções, através de rede local, internet ou até pelo velho modo de tela dividida. Outros modos online também são intensos e muito divertidos, colocando sua dupla em missões de escolta ou eliminação de alvos, por exemplo, competindo contra outros jogadores em cenários repletos de inimigos controlados por computador.
Que tal agora assumir o controle de um aracnídeo humano?O próximo Review será dedicado ao jogo Spider-man Web of Shadowns!

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