quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dragon Ball Z Burst Limit Review, confira!


Até mesmo o mais fervoroso Otaku há de admitir que a maioria dos jogos baseados em animês e mangás sempre foi decepcionante. Muitos quando não falhavam em capturar a essência do material original, ainda apresentavam produção pobre e controles deficientes, para citar alguns dos problemas mais recorrentes.

De uns anos para cá, felizmente, as coisas têm sido mais fáceis para os fãs. Eles passaram a notar uma grande melhora nestas adaptações, principalmente em recentes sucessos baseados em franquias populares como Naruto e Dragon Ball Z. Esta última finalmente aparece na geração atual de consoles com este Dragon Ball Z Burst Limit, desenvolvido pelo time de veteranos da Dimps, tirando como inspiração seu clássico Dragon Ball Z Budokai, lançado para a geração anterior. O resultado é um jogo que evoca boa parte da emoção e carisma da obra do mago Akira Toriyama, em combates bastante imprevisíveis e movimentados.

Voltado para os fãs

Quem não está familiarizado com a saga de Goku e sua turma corre o risco de se empolgar com a animada montagem de abertura para, logo em seguida, se impressionar muito com o modo principal, chamado de Z Chronicles. Isto porque não há concessões ou resumo da história; o jogo parte do princípio que você já está careca de conhecer todos aqueles personagens e simplesmente cria cenas, pequenos segmentos de luta, baseados nas diversas fases da série. É um jogo, ou um modo ao menos, criado com os entendidos no assunto em mente.

Estes iniciados podem se divertir mais rapidamente, tendo em vista que já têm uma boa idéia do que todas as aquelas figuras são capazes de realizar. Os neófitos devem relaxar e tentar achar alguma lógica naquilo tudo, o que não chega ser difícil de realizar, uma vez que jogo apresenta uma mecânica bastante amigável e uns modos extras de treinamento para dar uma forcinha. Não é lá muito simples de pegar o esquema das lutas e suas singularidades, principalmente se você acha que Freeza é alguma marca de comida congelada, mas dá para se divertir um bocado até mesmo quando se está apanhando.

Lutando em um desenho

Não que seja um jogo para masoquistas, longe disto. Mas é foram incluídos elementos bastante envolventes, que dão um charme todo especial nos combates, que reproduzem lutas tão emocionantes quanto no anime - ou até mais, tendo em vista toda a dinâmica tridimensional e o grande impulso da alta definição. Então, mesmo se você estiver perdendo feio, ainda poderá curtir as várias surpresas que o aguardam.

As lutas funcionam como na maioria dos jogos do gênero, com arenas grandes, ataques fortes e fracos, bloqueios e golpes especiais. Mas os guerreiros de Toriyama têm habilidades muito particulares e não digo apenas a respeito da capacidade de vôo, mas algumas peculiaridades que aqui funcionam muito bem - ao acertar o tempo correto de defesas ou certos golpes, você pode, por exemplo, se teleportar para trás do seu oponente ou lançar o inimigo para o alto, acompanhando sua trajetória com algumas pancadas adicionais.

Há ainda outras variáveis nas lutas, como o uso da aura para ampliar a capacidade e gerar danos ou mesmo, em alguns personagens, de mudar para formas diferentes. Adicione na mistura um sistema de contra-ataques, ligado ao tempo em que você aciona um golpe em relação ao do inimigo, e um de fadiga e você tem em mãos um jogo fácil de jogar, mas com profundidade suficiente para desafiá-lo por um bom tempo.

Para resgatar ainda mais o clima do desenho, há ainda as chamadas "drama pieces". São pequenas cenas com os personagens que interrompem rapidamente os combates em momentos pré-definidos, que colocam um fator de imprevisibilidade nos desfechos. Há alguns que apresentam um terceiro personagem que pode auxiliá-lo de alguma forma, outros que dão bônus na barra de energia ou na de poder, e por aí vai, criando um certo clima de suspense. Mas é uma facilidade bem balanceada e que pode ser desabilitada fora do Z Chronicles.

Na verdade, o que parece mais desequilibrado em relação à mecânica é a seleção de personagens. Ainda que haja golpes específicos, outros até que precisam ser habilitados, explorar os diversos protagonistas do título não é tão emocionante. Muitos têm peso e velocidade similar, alguns com poucas características úteis e verdadeiramente distintas para definir estilos diferentes de ação.

Réplica 3D

Quando falamos sobre as lutas, que ganhavam emoção diante dos recursos tridimensionais e da apresentação em alta definição, não era exagero. Dragon Ball Z Burst Limit mostra as criações de Toriyama de maneira exemplar, com personagens que transbordam vida e energia. Roupas se mexem levemente, ângulos e movimentos de câmera aumentam a sensação de velocidade e os efeitos especiais reproduzem o clima de magia do universo da série.

Como têm carisma de sobra, os heróis e vilões conseguem prender a atenção e deixar em segundo plano alguns pontos mais fracos, como os cenários medíocres, que sempre parecem um pouco vazios e sem graça, com fundos distantes e sem muitos atrativos. Os sons também seguem este mesmo padrão, são competentes, mas não chegam a destacar. Porém, o bom mesmo é a dublagem, que completa com diálogos medonhos.

Além do modo Z Chronicles e outros tradicionais como versus, training e Trial, Dragon Ball Z Burst Limit também proporciona duelos online, com direito a ranking. Não há nenhum grande modo de torneio ou coisa parecida, mas as lutas funcionam bem para um mano a mano. Isto é, dependendo da conexão de ambos os participantes, uma vez que lag pode ser impiedoso e acabar com toda a diversão.

Até a próxima no Review para Xbox 360 de Mortal Kombat vs. DC Universe, fiquem ligados!

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