terça-feira, 21 de julho de 2009

PURE Review PS3/Xbox 360 Especial para você!Confira!!!

Pure chega-nos às nossas mãos pela Blackrock Studios, antiga Climax. Os criadores de jogos como as sagas de Moto GP, The Italian Job e ATV Quad Power Racing, deixaram-nos a pensar que se após os dois jogos Moto GP lançados para a 360, continuariam a fazer boa figura com um estilo diferente. Já com experiencia na casa das moto 4, a Blackrock Studios agora associada à Disney Disney Ineractive Studios surpreende-nos ao lançar o seu terceiro jogo para a Xbox 360,PC e Playstation 3,Pure, um jogo de pura adrenalina onde originalidade não falta.

A primeira coisa a fazer mal metemos o DVD de Pure na consola é seguir um tutorial, somos mesmo obrigados a faze-lo o que até é bom pois apesar de a jogabilidade ser muito boa, o jogo não é só acelerar e travar. Após esta parte de aprendizagem que é muito bem explicada e detalhada, temos a oportunidade de escolher variadas opções para jogar, World Tour, Single Event, Trial Mode, Online Play e Garage. Um dos grandes trunfos de Pure é a criação da nossa moto 4, para dizer a verdade, se formos para World Tour temos mesmo que criar uma a partir do nada, e se há jogos em que a criação de um veículo é detalhada, Pure sem dúvida fica no top 10 com cerca de 100 000 combinações, podemos escolher de tudo para a nossa moto desde o motor, aos travões, caixa de mudanças, protetores de mãos, jantes, pneus, guiador e muito mais, cada moto criada é distinta de qualquer outra, podemos dizer com certeza que em dez motos que alguns fizeram nenhuma se assemelhava à anterior, apesar de nem todas as partes estarem disponíveis mal começarmos, quando fazemos World Tour temos a oportunidade de desbloquear mais peças. Para conduzir as motos temos inicialmente 6 corredores à nossa disposição, cada um com duas roupas diferentes, e conforme vamos avançando no jogo desbloqueamos uma última personagem e uma roupa extra para cada condutor. As diferenças entre cada um não são notáveis, para além dos truques especiais limitamo-nos a escolher quem menos nos irrita com os berros proporcionados durante as corridas.

Pure é um jogo de Moto 4 em que temos de correr e saltar por todo o tipo de terrenos e obstáculos, usando truques para ganharmos um pouco de boost ou pontos conforme o modo. Este prima pela variedade, temos 3 modos principais dentro de cada tipo de jogo, esses modos são: Race, Sprint e Freestyle. Em Race o objectivo é correr numa pista de largas dimensões, onde a velocidade é essencial, Sprint é um modo muito parecido com Race, mas o principal é ter uma boa aceleração pois conduzimos em pistas muito pequenas, o que vai fazer que encontrões e empurrões não faltem, finalmente em Freestyle o objectivo principal é o de fazer pontos com o maior número de truques que pudermos efetuar, com 48 simples combinações mais 8 especiais, não faltam formas de chegar ao pódio neste modo, para além que as pistas são alteradas para este propósito com rampas para nos darem ainda mais altura em cada salto e diversos power ups para apanharmos, este modo torna-se o mais divertido dos três. Em Freestyle também em vez de termos um temporizador como a maioria dos jogos, temos uma barra no canto inferior esquerdo que nos indica a gasolina disponível, que no mínimo é original, além de que com o passar pela linha da meta restabelecem-nos um pouco mais de gasolina dando-nos assim preciosos segundos para mais um salto ou dois.

As pistas que temos à nossa disposição não são propriamente pistas simples, pelo contrário, cada pista tem atalhos pelos quais podemos poupar terreno, e não são fáceis de encontrar por duas razões, primeiro não temos acesso a um mapa das pistas, isto torna as coisas mais difíceis obrigando-nos assim a conhecer estas mesmas para sabermos os melhores caminhos e saltos, mas que no início se vai tornar um pouco aborrecido pois temos de nos limitar a seguir as outras motos e repetir a mesma pista várias vezes. Segundo, com os enormes detalhes ao longo do terreno muitas vezes pode ser complicado de seguir a rota mais perto quando à nossa frente em vez de caminhos de terra batida temos ervas e plantas que parecendo que não, atrasam um pouco a nossa moto 4, mas que depois vai dar a um salto capaz de passar por cima de curvas desnecessárias; para finalizar, não podemos pensar sequer em cortar caminho por zonas "não autorizadas", ou sair fora da pista pois somos logo parados e trazidos de volta à zona principal. O maior senão é que somos limitados a 12 pistas, sejam elas para Race ou Freestyle; em Sprint apenas são nos mesmos locais, mas muito mais pequenas. O que ajuda um pouco é a oportunidade de as fazer em reverse, mas apenas neste modo. Outro dos problemas é que quando começamos uma pista, começamos no meio de todos, não é atrás nem a frente nem dos lados, mas sim mesmo no centro rodeados de 15 motos, o que se quisermos ultrapassar a "manada" vamos ter de mandar uns encontrões valentes e por vezes espetarmos contra umas árvores ou pedras que não faltam no cenário, digo que isto é um problema, pois após umas 20 tentativas em que sabemos que a nossa moto até se safa lá no meio, e nós não chegamos a 1º lugar porque cada vez que estamos a avançar levamos com alguém em cima, torna-se frustrante, divertido também, pois não é em todos os jogos que temos 15 adversários. Esta situação é um pouco amor-ódio, conforme se nos conseguirmos habituar a tanta gente numa pista, dependerá também se gostamos do jogo ou não.

Algo que surpreendeu os jogadores pela primeira vez num jogo de corridas foram os gráficos, não temos aqueles carros reluzentes ou motos carregadas de publicidade mas sim veículos que se sujam de lama e pó, juntamente com o seu condutor que inicialmente até parece estar com uma roupa nova, e no fim da corrida temos dificuldade de distingui-lo no meio de tanta sujidade, os detalhes estão excelentes, desde as pistas que mantém as marcas dos pneus na lama ou terra, aos salpicos proporcionados pelas rodas traseiras que variam entre terra, lama, bocados de flores, erva e até gelo, tudo isto em cenários de tirar o fôlego, com texturas incríveis e uma luminosidade muito realista, os quais preenchidos detalhadamente e que no meio podem conter barris, pneus de tratores ou até fardos de palha que levamos à nossa frente. As animações das personagens também estão muito bem conseguidas, seja simplesmente a guiar como a ultrapassar alguém e a gozarem ou até quando usamos o turbo e a roupa fica com as ondas do vento, estes são sem dúvida detalhes que não passarão despercebidos no meio de cada corrida.

A jogabilidade é das mais fáceis que já vi num jogo deste gênero, além dos gatilhos para o normal acelerar e travar, temos o X/[] (Xbox 360/Ps3) para o turbo, e com as combinações do A/X, B/O e Y/Triângulo com o analógo direito em oito direções diferentes podemos fazer os diversos truques, para ganhar impulso para os saltos basta usar o mesmo analógo enquanto nos dirigimos para uma rampa. O jogo em si está quase perfeito, desde a simulação obtida pelas motos e os seus movimentos até às quedas, o próprio comportamento dos condutores está extraordinariamente realista. Tudo isto é acompanhado por músicas que se adequam à adrenalina e que acompanham muito bem as corridas, sempre com uma batida excelente e um ritmo que fica no ouvido. Os efeitos sonoros por sua vez estão no mínimo fenomenais, com por menores como o som das suspensões que ficam mesmo no ouvido após um salto ou o rugir dos motores conforme a posição da moto, esteja no ar ou a arrancar. Outro detalhe digno de ser mencionado, é nos super saltos em que parece que todo o tipo de barulhos à nossa volta se dissipa, e apenas ouvimos o vento.

Um dos aspectos em que Pure menos pontua é a sua longevidade, apesar de ter um bom multiplayer em que tanto podemos fazer corridas simples, ou campeonatos onde raramente se encontra lag, o single player deixa muito a desejar sendo possível acabar o jogo em menos de 15 horas, ficando assim com muito pouco para fazer para além de repetir as mesmas corridas ou tentar alguns achievements que não tenhamos conseguido durante o World Tour, algo que poderia prolongar um pouco o jogo seria a possibilidade de dividir o ecrã em dois para se poder jogar na mesma TV, visto que em multiplayer nem sempre há jogadores disponíveis.

No fundo, Pure é um jogo que vale bem a pena ser jogado, seja por umas horas ou por uns dias, mas também é um jogo que facilmente se esquece pois não nos dá grandes motivos para pegar nele após termos acabado os eventos principais e jogado um pouco online. Mas sem dúvida que nos marcará como uma boa experiência, pois não é todos os dias que encontramos um jogo de corridas em que tenhamos uma sensação tão brutal e inovadora como neste.

Em Breve Teremos o Review de Tom Clancy Ghost Recon Advanced Warfighter 2.Até mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário