quinta-feira, 21 de maio de 2009

The Darkness Análise


Baseado no HQ mundialmente conhecido da Top Cow Productions, The Darkness chega ao Xbox 360 e PlayStation 3 pelas mãos da Starbreeze Studios que tem em seu currículo o competente The Chronicles Of Riddick: Escape from Butcher Bay, jogo que se saiu muito melhor no Xbox do que nos cinemas. Nessa aventura, o matador profissional Jackie Estacado, membro de uma família de mafiosos, enfrenta problemas com seu tio Paulie que lhe tirou do orfanato. Jackie sai pelas ruas em busca de explicações sobre os acontecimentos estranhos do dia em que completa 21 anos.


The Darkness se caracteriza por um jogo eletrizante de ação com suspense em primeira pessoa, cenários altamente interativos e doses extremas de violência. Além do modo história, possui também multiplayer pela Xbox Live. Mas é o enredo bem construído e os personagens carismáticos e expressivos que seguram o jogador durante a jornada.


Ande nas sombras


A ação começa com uma perseguição dentro de um túnel, numa sequência de tirar o fôlego. A sensação é a de participar de um filme, graças à "atuação" convincente dos personagens e à trilha sonora e visual impecável. Após sobreviver, Jackie segue sozinho pelas ruas, onde seu corpo será possuído por poderes sombrios. A partir de então, ele é capaz de ouvir uma voz demoníaca, que aos poucos vai revelando quem ele realmente é.

Mais que uma explicação do personagem, os poderes do anti-herói são essenciais durante o jogo. No entanto, Jackie só pode utilizá-los em ambientes pouco iluminados - guarde parte de sua munição para estourar muitas lâmpadas. Quando os tentáculos são ativados, por exemplo, o personagem ganha uma espécie de visão noturna, um dos efeitos visuais mais interessantes do jogo. Mas esse é só um dos truques de Jackie.

No total, são quatro poderes sombrios que Jackie tem de desenvolver. Para conseguir evoluir e obtê-los é necessário alimentar os seres que dominaram o corpo de Jackie com o coração dos mortos: o primeiro poder faz com que o personagem projete tentáculos através de paredes, prédios e portas, atingindo lugares não acessíveis pela forma normal e é uma ótima opção para pegar inimigos pelas costas; o segundo efetua um golpe mortal com o tentáculo e arremessa pessoas para um local específico; já o terceiro consiste em acionar armas de fogo sem se preocupar com a reposição; e por último Jackie ganha a habilidade de abrir um buraco negro que engole qualquer inimigo que estiver próximo.

Além dos poderes sombrios, Jackie conta com a ajuda dos Darklings, criaturas sinistras que podem ser chamadas somente quando o cenário estiver totalmente escuro, através de buracos pretos com tentáculos espalhados pela fase. Seja no Xbox 360 ou PlayStation 3, cada um dos quatro botões do controle representa uma criatura.

Para conter os aliados de seu tio, Estacado pode "emprestar" pistolas, escopetas e metralhadoras de pequeno e longo alcance pelas fases. Como em muitos jogos de tiro, a munição deixada pelos abatidos ou em lugares específicos do cenário mantêm o cano fumegando. Para facilitar a precisão dos tiros, um ponto vermelho ajuda na mira. Com isso, o jogador não fica sem noção de seus disparos.

A interatividade é um dos pontos altos. Até mesmo televisores pelas ruas podem ser acionados, revelando, por exemplo, episódios de Flash Gordon e Popeye, mostrando que The Darkness vai além da ação. No diálogo com alguns dos personagens, por exemplo, pode-se induzir perguntas e respostas em busca de informações valiosas.

E por falar em pistas, fique atento às cabines telefônicas em metrôs, apartamentos ou mesmo na rua: discar números de telefones podem liberar mensagens eletrônicas bizarras, arte conceitual do jogo e até algumas conquistas, no caso do Xbox 360.

Apesar de a história seguir um roteiro linear, o jogador é livre para explorar. Passará por ruas e becos escuros, andará de metrô para acessar diferentes pontos da cidade, invadirá prédios e, inclusive, visitará outras dimensões. Ou seja, espere por grandes surpresas.


"Faith no More" é infernal


Os gráficos são condizentes com a nova geração de consoles. Se não chegam a ser excepcionais, ao menos os pequenos detalhes não foram esquecidos e enriquecem o trabalho, seja na fumaça saindo da arma após uma rajada de tiros ou na visão do personagem no espelho com seus tentáculos. Sombras e efeitos de luz também ajudam a aumentar o clima de suspense e de terror ao jogo. Para quem não é letrado no HQ, de tempos em tempos cenas não interativas amarram a história e desvendam o personagem.

A trilha sonora acompanha o ritmo sombrio e, inclusive, a ação. Envolva-se em um tiroteio e a música se tornará mais agitada. Quem acompanha as séries Band of Brothers ou Six Feet Under talvez reconheça os talentos de Kirk Acevedo e Lauren Ambrose. As vozes do inferno são do vocalista da banda Faith no More, Mike Patton.

O controle simples segue molde dos jogos padrões de tiro em primeira pessoa para videogames: os analógicos controlam personagem e câmera; já os botões superiores acionam os poderes e as armas das duas mãos. Com o direcional é possível acionar ou desativar as armas e criaturas.The Darkness não possui checkpoints para salvar progressos. O save é automático, conforme se vai progredindo pelos cenários. A dificuldade está moderada e os cenários são divididos por cinco capítulos.

Se o modo aventura pode parecer um pouco curto (embora ofereça dezenas de tarefas opcionais que estendem sua duração), The Darkness tenta compensar com uma modalidade multiplayer. Os jogadores podem optar entre os humanos ou um Darkling, num total de seis modos diferentes, mas tradicionais: no deathmatch vence quem matar mais; em team deathmatch a contagem de vitórias é por time; roube a bandeira inimiga em capture the flag; seja o último a ficar de pé em survivor; seja o último humano em last darkling; e por último em last human mate todos os humanos para se tornar um deles.


Dê uma chance a Jackie


The Darkness é a melhor opção do momento para os amantes de jogos em primeira pessoa que desejam algo além de guerra. O visual impressiona pelos detalhes gráficos e o clima de suspense está sempre presente no ar. A interatividade com os objetos e pessoas pelas fases chama a atenção, com uma trilha sonora que acompanha o gênero do jogo e efeitos sonoros com nomes de respeito. O ponto negativo fica para o modo multijogador que não teve grande capricho e a pequena variedade de armas de fogo. Mas para quem procura um jogo de ação com doses extremas de violência, além de um enredo envolvente, sua pedida é aqui!

The Elder Scrolls IV:Oblivion Review


Quando ouvimos novamente os primeiros acordes da fabulosa banda sonora de Jeremy Soule, sentimos que estamos visitar um velho amigo. Os bons jogos têm destas coisas, criam memórias, despertam sentimentos, e Oblivion teve o dom de fazer tudo isto e mais, ou não estivéssemos a falar de um dos melhores RPGs de todos os tempos.
Mais de um ano depois da sua estreia no PC e na 360, a obra prima da Bethesda chega por fim a à PS3. Já todos sabemos que Oblivion é, até ao momento, o Deus incontestado no Olimpo dos RPGs. Com isto esclarecido, resta apenas saber se a versão PS3 continua apetecível ou se, um ano volvido, o jogo perdeu algum do seu encanto.
É no momento em que começamos a refletir sobre estas questões que Oblivion se demarca das restantes propostas do mercado. Um jogo tem como objectivo divertir, mas há várias fórmulas que podem ser utilizadas para atingir este fim. Desencante-se uma estória decente, um sistema de combate funcional, e temos os ingredientes base de um RPG.
No entanto, Oblivion não se contenta com isto. Para além do básico, a Bethesda criou um mundo vibrante, carregado de vida e que dá ao jogador possibilidades infinitas. Pequenos detalhes como a possibilidade de encontrar uma moeda de ouro esquecida no chão, um ciclo dia-noite que altera por completo o cenário, ou mesmo um ecrã de criação de personagem totalmente flexível, fazem a diferença.
Continuamos em The Darkness Top 105 Temporada Playstation 3

sexta-feira, 15 de maio de 2009

The Eye of Judgement Review


Magic, Pokémon, Yu-Gi-Oh... desde a década de 90, esses jogos e muitos outros tomaram o mercado de assalto com suas cartas coloridas, estratégias complexas e pacotinhos caros. Mas apesar do grande sucesso e das diversas tentativas, nenhuma adaptação de card games para o mundo virtual deu muito certo. E é justamente nesse jogo que a Sony entrou com seu The Eye of Judgement – e podemos dizer que, pelo menos em parte, ela conseguiu.

O espírito desse “jogo de azar místico” é bem simples. Cada jogador monta um baralho com as 30 melhores cartas que possuir, e as posiciona, alternando ás vezes, em uma arena de três casas por três, totalizando nove delas. Uma vez colocadas, a câmera PlayStation Eye as reconhece e faz revelarem suas verdadeiras faces – anões, dragões, castelos, tanques de guerra, e todas aquelas criaturas fantásticas que antes habitavam apenas o mundo dos desenhos bidimensionais agora finalmente vêm à vida.

Mas nem tudo é tão simples assim – como em qualquer outro jogo de cartas, The Eye of Judgement tem suas regras... algumas simples e compreensíveis, outras nem tanto. O objetivo principal do jogo é usar as suas criaturas para tomar controle da maioria das casas do “tabuleiro”, ou de todas as nove. Durante o seu turno, o jogador ganha dois pontos de Mana, e pode usá-lo para invocar monstros ou convocar feitiços. Quando duas unidades inimigas são colocadas em espaços adjacentes, elas entram em combate, e o perdedor tem que sair, deixando o espaço livre para seu oponente tomá-lo no turno seguinte. Para termos de comparação, dá para pensar no jogo como uma versão turbinada de Triple Triad, o controverso minigame presente em Final Fantasy VIII.

A princípio, não há nada de errado com o jogo de cartas para o PlayStation 3. O objetivo é simples, a idéia de ver os monstros combatendo na tela é atraente e a mecânica, apesar de variar entre conceitos simplíssimos (como posicionamento) e ligeiramente confusos (custos de ativação, identificação de elementos no campo, funciona bem. Porém, ao contrário de outros similares, Eye of Judgement é essencialmente passivo: um jogador não pode interferir no turno do outro com efeitos e magias rápidas, por exemplo). Isso por si só já corta metade da emoção, pelo menos para quem já está acostumado com card games mais robustos.

Outro problema é a quantidade de elementos envolvidos em uma partida – o que, pelo menos, não é um problema SÓ desse jogo. Cada criatura tem um custo de invocação, um custo diferente de ativação, uma raça, um elemento, um efeito, uma área de ataque, uma área de defesa, às vezes uma limitação especial e às vezes uma “trava”, o que significa que só é possível invocá-la mediante certas condições. E levando em consideração que todas as cartas de criatura têm a mesma cor, com essas informações escritas em letras pequenas e ícones semi-invisíveis, a margem dada à confusão é imensa. E tudo fica pior quando se tenta aprender a jogar assistindo às longas e tediosas vídeo-aulas contidas no disco.

Os duelos podem ser realizados tanto de forma local – contra o computador ou um amigo que também possua um baralho montado – quanto com pessoas online ao redor do mundo. Uma vez conectado à rede, o game oferece um sistema de quadros de pontuação que mostra os melhores jogadores de cada “Reino” (você escolhe a qual quer pertencer quando entra pela primeira vez), o que é sempre bom para atiçar a disputa. Jogar contra a inteligência artificial, por outro lado, não é tão gratificante, uma vez que mesmo no nível mais baixo de dificuldade ela se recusa a cometer muitas falhas – as que deveria estar aprendendo a deixar de lado treinando com ele. Mas infelizmente, o pior defeito – que não é do jogo em si, mas não deixa de o assombrar – são a malandragem e a falta de acesso. Mesmo cópias toscas das cartas, impressas em papel sulfite, são reconhecidas pela câmera. E como é praticamente impossível comprar novas aqui no Brasil... The Eye of Judgement não é, de maneira nenhuma, um jogo ruim. Mas se for para pagar 70 dólares pelo pacote, é melhor investir em um card game “de verdade”, e ir jogar com os seus amigos da vida real.

The Godfather:Don's Edition


A família Corleone retorna na nova geração de consoles, fazendo com que você tenha reforços dessa vez, mas seria isso suficiente para um game da nova geração?
O maior chefão do crime está de volta, dessa vez no Playstation 3. The Godfather: The Don's Edition reune todo o conteúdo visto no lançamento inicial, feito para Playstation 2, PC e Xbox, juntamente com as novidades que foram inseridas na versão para Xbox 360.
Como se isso não fosse o bastante, o jogo também trás uma série de novidades exclusivas, que vão desde o uso do Sixaxis, até lutas nos telhados e novos componentes familiares, tornando o jogo ainda melhor quando se tratando de conteúdo. Graças ao sistema do Sixaxis, você poderá balançar pessoas ou poderá executar diversos movimentos fatais, que na grande maioria das vezes funcionam bem, uma vez que nem sempre você poderá utilizá-los, mas quando o uso for liberado você terá uma sensação de realidade razoável, que poderia ter sido mais bem trabalhada, mas dando para o gasto.
Menos mal que o sistema de upgrade do jogo foi melhorado. Agora você tem oito diferentes habilidades à sua disposição, divididas em dois grupos de estilos, “Enforcer” e “Operator”. Um novo grupo de habilidades fica disponível a cada vez que você consegue 15 e 30 pontos em cada grupo.
Outra questão era a quantidade de membros da família Corleone de alto nível que você tinha que lidar, para poder crescer nos ranks, que não lhe davam nenhum tipo de apoio. Você simplesmente tinha que se virar em grande parte das situações. Esse detalhe também é uma das melhorias nessa nova versão, onde dessa vez há novos membros que te darão suporte.

Esses, uma vez ao seu lado, te ajudarão com armas, para dar cabo de outras famílias que esteja incomodando. É muito divertido ter esse tipo de suporte, dando uma real impressão que você realmente está enfrentando outras famílias, como nos filmes da série, sugerindo um novo propósito para o dinheiro que você ganha, onde antes você só gastava com casas ou propinas.
Já que estamos falando dos altos e baixos das versões anteriores do game, um dos problemas era o fato onde certas partes do ambiente mais pareciam terem sido copiadas de uma forma repetida, o que é mais uma das melhorias nessa nova versão.

Agora há uma boa parte de acontecimentos se desenrolando nos telhados, ajudando a expandir consideravelmente as áreas sem muito destaque. As demais famílias têm locais únicas consideradas suas “casas”, obrigando você a usar diferentes planos ou táticas para poder atacá-las, para não ser pego com facilidade.

Há também dois novos centros de transporte conhecidos como “freighter” (ao como espaço de carga) e “train yard” (campo de trem), que são pequenas partes do jogo, mas que providenciarão novidades para quebrar um pouco o gelo.
Há pequenas novidades em coisas já existentes, que aumentam a experiência de jogo, mas que não necessariamente melhoram tal experiência. Você agora poderá colocar bombas em carros e as famílias rivais podem fechar seus negócios temporariamente ou prejudicar você de alguma forma, adicionando novidades para a jogabilidade, mas que não fazem o jogo mudar em seu aspecto geral, deixando esse ainda parecido com as versões anteriores.
É ainda mais triste saber que os aspectos gerais do game receberam algumas melhorias, enquanto os aspectos gráficos não receberam praticamente nenhuma! O jogo tem até um visual interessante em suas versões anteriores, principalmente vendo que são de uma geração de consoles anterior a atual, mas para essa nova geração os gráficos são simplesmente fracos! Com a exceção da resolução para TVs de alta definição, NADA foi feito para melhorar os gráficos da geração anterior, aparentando ser um game de PS2 em alta definição. Sem falar que nada foi feito para melhorar os mapas, visual e desenho das ruas, tornando impossível andar por essas sem abrir o mapa maior, o que significa que se você não for bom em decorar caminhos e rotas, você terá uma grande frustração, pausando o game a quase todo o momento.
Bem, esquecendo esses últimos problemas, o game é bem divertido. A história irá lhe prender o suficiente para jogar. As novidades juntamente com o conteúdo já existente poderão divertir por um bom tempo, principalmente se você não tiver jogado as versões anteriores. The Godfather: The Don's Edition peca em não adicionar maiores melhorias gráficas para ser considerado um game de nova geração. Não que somente com gráficos surpreendentes que se faz um game de nova geração, mas sem nenhuma melhoria neles não há como não ficar desapontado. Enfim, vale a pena pela nostalgia da série e pela ação e intrigas envolvidas. Você está pronto para se tornar um Corleone?

The King of Fighters Review


Em plena era 3D, eis que a SNK resolve revitalizar o tradicional King of Fighters (tradicional concorrente da série Street Fighter) com o bom e velho design 2D. Mas calma. A idéia aqui não é simplesmente "catar" das plataformas mais antigas uma série de animações datadas, colocando, talvez um ou outro filtro para dar aparência de coisa nova — você já deve ter visto isso em algum lugar.
Pelo contrário, o ressurgimento da série, que virá através de King of Fighters XII, parece ter recriado a franquia desde as suas bases, utilizando para isso um árduo e demorado trabalho gráfico. Basicamente, o resultado traz animações inteiramente feitas à mão, o que demandou um tempo bastante considerável da equipe da SNK. São 22 personagens no total, sendo que dois são exclusivos da versão para consoles. A jogabilidade de King of Fighters XII retoma o layout de quatro botões, bem como as clássicas batalhas 3-contra-3 com cinco rounds cada. “Tactical Shift” não estará mais presente, e duas novidades marcam presença: “Critical Counter” e “Clash”.
A técnica “Critical Counter” é utilizada quando, como um contra-ataque, um dos jogadores devolve um soco forte. Isso abre uma brecha para um pequeno combo. Já o modo “Clash” pode ser comparado com o “Parry Attack” de Street Fighter, no qual os dois lutadores disparam simultaneamente o mesmo golpe para, em seguida, serem separados a uma boa distância.
Finalmente, você tem ainda as táticas “Guard Breaks” e “Super gauge”, que funcionam da mesma forma que em KoF 94.

The Outsider Review



Do mesmo criador de um clássico dos anos 80, The Outsider é um jogo de ação-aventura em terceira pessoa que apresenta um enredo dinâmico baseado na história de John Jameson, um ex agente da CIA que devido a armações e intrigas se tornou o inimigo público número 1 dos Estados Unidos sob a acusação de ter assassinado o presidente desse país.
A proposta de The Outsider é conceder ao jogador muita liberdade e quantidade de opções não só para permitir que ele faça bagunça na cidade (como muitas vezes ocorre em jogos como GTA) e sim determine o curso da história de uma maneira própria e autônoma. Ele pode, por exemplo, decididir dar um curso pacífico à partida, decidindo investigar vagarosamente como restabelecer sua reputação ou se armar até os dentes e começar um massacre impiedoso contra aqueles que lhe causaram mal.
Segundo as palavras do próprio desenvolvedor, David Brabem, The Outsider é uma experiência única que explora bastante o poder computacional dos consoles recentes a fim de proporcionar uma narrativa muitifacetada além é claro de apresentar gráficos ótimos, com bons efeitos de luzes e sons condizentes com a pretensão do game.

The Simpsons Game Review


The Simpsons... quem é que nunca ouviu falar neste nome? Trata-se pura e simplesmente da família mais famosa do mundo. Nada que nos impeça de explicarmos a razão porque são. Os Simpsons nasceram nos Estados Unidos, em 1987 e rapidamente se tornaram numa das famílias mais famosas do País. Estamos a falar de uma série centrada nesta família que é resumida geralmente, como uma critica à sociedade norte-americana. Entre outras particularidades, os Simpsons são amarelos, e por essa razão, são também conhecidos como a família mais amarela do planeta.
Depois de muitas adaptações a jogo por parte de firmas menos conceituadas, a meio deste ano foi a vez da Electronic Arts(EA Games) anunciar a produção de um jogo baseado na série com a promessa de que seria um título que todos os fãs iam adorar.
The Simpsons Game é um jogo de plataformas que pretende recriar na totalidade o ambiente da série, e nesse aspecto, sem querer estragar possíveis surpresas, a EA está de parabéns.
Todas os membros da família são jogáveis, desde o pai Homer, passando pela mãe Marge, o irmão mais velho Bart, a irmã crânio Lisa, e a bebê, a Magie, cada um com o seu poder especial. Toda a cidade de Springfield, a famosa cidade onde os Simpsons vivem foi também recriada até ao mais infamo pormenor, sem que falte qualquer um dos locais conhecidos dos fãs da série, tal como as personagens que dão vida à cidade.
O jogo começa com uma cena bem ao estilo da série, em que a família se encontra no sofá, e no seu cantinho habitual observamos Homer com uma caixa de chocolates caída sobre o colo, enquanto este adormece. Momentos depois, temos Homer a sonhar que está numa cidade feita de chocolate, a comer tudo o que lhe aparece à frente, até que lhe surge ao caminho um coelho que lhe pede para parar. Depois de uma curta conversa, Homer decide ir atrás do coelho, e é aqui que a nossa aventura começa. Este primeiro nível é uma espécie de tutorial, no qual nos ensinam a executar os poderes de Homer, a fazer saltos duplos, e nos apresentam os itens colecionáveis à nossa disposição.
Os itens disponíveis variam de personagem para personagem, e podem ser encontrados não só nos episódios (nome atribuído aos níveis) como na cidade. Estes permitem-nos depois desbloquear itens como roupas novas, e alguns segredos que podem ser encontrados na casa. Dando o exemplo de Homer, este tem como itens colecionáveis as caricas de cerveja da Duff, e quando as encontramos todas num nível, ganhamos uma garrafa de cerveja que pode ser vista na nossa garagem. Situação a explorar por muitos, mas que vai ser deixada de parte por outros, pois estes itens não são muito fáceis de encontrar.
Como já devem ter percebido, o jogo encontra-se dividido por episódios, cada um com uma história própria, e quase sempre paródias aos jogos. Temos, entre outros, nomes como "Grand Theft Scratchy" ou "Shadow of The Colossal Donut".
Outra das particularidades do jogo, é o facto dos Simpsons se encontrarem dentro de um jogo. Sim, parece confuso, mas é tão simples quanto o que está aí. A descoberta é feita por Bart que se depara com um manual do "The Simpsons Game", no qual estão explicados os poderes à disposição da família. Nestes poderes centra-se o principal componente da ação do jogo.
Todos os poderes são próprios de cada personagem,que permitem fazer coisas únicas, como chegar a certos locais inalcançáveis por outras personagens, ou resolver puzzles. Talvez seja esta também a razão, para que o jogo se desenrole sempre a dois, à excepção do primeiro episódio sobre o qual já falamos.
Falando então sobre a importância dos poderes na ação, à que referir que o restante ataques passam pelo pressionar de um simples botão (X nesta versão), vezes e vezes sem conta, com a única adição a ser o pressionar de outro botão no final de cada combo. Já os poderes base, são usados pressionado o botão O(nessa versão para PS3). Homer dá arrotos devastadores, se ficarmos a pressionar um pouco o botão (e tivermos a barra de energia cheia), Bart usa a sua fisga para apontar aos inimigos ou a elementos do cenário que lhe permitem abrir novas passagens, Lisa usa o seu saxofone para voltar os inimigos uns contra os outros e Marge faz uso do seu megafone para incentivar a multidão a destruir elementos do cenário ou inimigos.
Para além destes poderes base existem ainda as transformações. Homer por exemplo, transforma-se numa bola, o que no início lhe permite deslizar contra os inimigos e objectos presentes no cenário, destruindo tudo o que lhe aparece pela frente. Já Bart transforma-se em Bartman, e ganha assim a possibilidade de voar e trepar por certas paredes. Estas transformações vão evoluindo a medida que se avança no jogo, mas fica para descobrirem.
Aqueles que podem ter receio de que algum inimigo se torne mais difícil de combater devido às limitações do sistema de combate,se enganaram. Com poucos golpes podemos derrotar os inimigos, e estes não nos retiram praticamente vida. Aliás, é quase impossível morrer no jogo. Já os puzzles, são na sua maioria bastante básicos, pelo menos se forem feitos com atenção e com calma. Pelo mesmo caminho, vão as seções de plataformas, na verdade, ainda mais básicas, até mesmo quando se tem que fazer uso dos poderes. Resumindo, trata-se de um jogo acessível, tal como parte do seu público alvo pedia.
O principal ponto de destaque do jogo, está muito provavelmente na sua componente audiovisual. Ao longo dos episódios, somos presenteados com várias cutscenes que servem tanto de introdução como conclusão dos episódios, ou para nos mostrar o que temos de fazer. Em todas elas se nota que a produção deste jogo teve como base a série televisiva, fazendo-nos soltar algumas gargalhadas com as suas situações bizarras bem ao estilo da série.
É claro que isto só é possível graças a um trabalho sonoro irrepreensível que é bem demonstrativo dos bons niveis de produção do jogo. Todos os atores que dão a sua voz no jogo, são os mesmos da série, e não nos desiludem. Já no campo visual, a EA conseguiu reproduzir a série de forma muito próxima do perfeito, com todas as feições e elementos de Springfield a serem reproduzidos da mesma forma que na série. A principal diferença vai para a utilização do 3D, que nos permite passear pela cidade e observar tudo em redor. Convém também dizer que tudo isto ocorre de forma bastante sólida, sem quebras de frame-rate ou qualquer tipo de problema gráfico.
Quanto à longevidade da experiência, o jogo não demora mais que 8 horas a completar. É claro que temos depois a hipótese de voltar a repetir a experiência para apanhar todos os itens de coleção e desbloquear todos os troféus etc. A verdade é que tendo em conta a dificuldade de apanhar alguns destes itens, muito dificilmente estes vos vão levar a repetir a experiência. A única coisa que aumente de certa maneira a longevidade do jogo, são as time-challenges, desafios únicos e originais de cada episódio que ficam disponíveis após os completarmos. Nada demais no que toca a longevidade, mas uma boa iniciativa da produtora.
No fim, fica uma sensação um pouco estranha. Por um lado, temos um jogo mediano de plataformas, com uma ação demasiado básica e seções de puzzles e plataformas que vão pelo mesmo caminho, por outro uma produção técnica de qualidade, bem mais cómico que muitos episódios (dos mais recentes) da série. Um jogo muito agradável de ver, mas apenas bom de se jogar.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tiger Woods PGA Tour 07 Review


Tiger Woods PGA Tour 2007 é um jogo de golfe encabeçado pelo famoso golfista que dá título ao game, tido como um dos melhores de todos os tempos. Além dele, debutam na versão 2007 estrelas como Luke Donald, Michael Campbell, Steve Elkington e Annika Sorenstam.A nova tecnologia de captura facial chamada de UCAP traz realismo e autenticidade aos jogos: o jogador vê e ouve as multidões nos cursos e clubes onde joga. Outra inovação é o sistema de eliminatórias (playoffs) contra os melhores golfistas do planeta para ver quem leva o grande troféu do PGA Tour.Entre os cursos exclusivos desta versão estão o The Four Seasons Resort Aviara, The Ocean Couse na Ilha Kiawah, Riviera Country Club, The National e o The K Club, local de disputa do The Ryder Cup 2006 — além, é claro, dos buracos mais famosos do circuito oficial da PGA e alguns locais fictícios.Jogue sob pressão entre os fãs, acompanhando com gana cada buraco, festejando cada green até o fim do 18º Tee. Tiger Woods é o jogo de golfe mais famoso (e lucrativo) já lançado, proporcionando diversão garantida para os entusiastas e amantes do esporte.